quarta-feira, agosto 03, 2011
Houve um tempo em que o homossexualismo no Brasil era considerado crime.
Algum tempo depois passou a ser tolerado.
A seguir, passou a ser aceito.
Agora, o homossexualismo é garantido por Lei.
Está no hora de dar o fora daqui, antes que passe a ser obrigatório!

segunda-feira, fevereiro 07, 2011
Eu não vi o Halley passar
Onde eu estava no ano de 1986? Porque não o vi? Consigo lembrar que todos falavam dele, que seria visível a olho nu. Mas eu não o vi. E, certamente, não o verei mais.
Mas não foi só o Halley que eu perdi. Levado pelo turbilhão do tempo, não vi o sol nascer nem se pôr. Não vi quando o brilho da lua era ofuscado pela aurora.
E continuo não vendo as partículas de vento que revoam ao meu redor. Ontem você me olhava e eu sabia o que você queria, e hoje não sei se reconheço o que vejo dentro dos seus olhos...
Fui arrastado até aqui através de um vórtice agonizante do tempo. Perdi quedas, perdi abismos, perdi sons, perdi...
Fui arrastado pelo tempo para hoje descobrir que não terei mais tempo de ver o que ficou lá atrás. Vocês me olham e eu os vejo como que através de brumas. Não consigo alcançá-los.
Vejo-os sob os braços de Hipnos, acalentados por Morfeus e penso que amanhã estarei do outro lado do Rio Styx, olhando-os enquanto seguem em frente, rumo ao mortífero vórtice.
Quero gritar, mas o tempo já passou! Eu perdi... deixei escapar novamente... Não consigo mais alcançá-los.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011
Um palhaço chamado Brasileiro
Nunca gostei muito de palhaço. Aliás, confesso que nunca gostei NADA de palhaços. Com suas caras extremamentes pintadas e com suas bocas enormes, mais pareciam que iriam devorar a platéia do que fazer graça. Entretanto, por algum motivo misterioso, a platéia sempre ria deles. E continua rindo até hoje. E eu continuo sem entender do que riem.
Um dia, ouvi (ou li) uma frase que dizia que, se você tirar a máscara de um palhaço, irá descobrir que ele não estará rindo de nada. Estará cansado, irritado, entediado, e qualquer outro "ado" que imaginarmos. Ou seja, é o público que ri do palhaço. Ele não acha a menor graça.
Entretanto, um belo dia, eis que sou atingido como que por uma jamanta com uma notícia: "A partir de hoje, serão os palhaços que irão rir do público."
Como assim? Será que fui atirado ao planeta Zrfff, na Quinta Dimensão, pelo duende maluco Mister Mxyzptl? Ou será que acordei em um país que, como diria Homer Simpson, "Tudo é ao Contrário, a polícia foge do bandido, é quente em fevereiro e frio em julho."?
Nada disso. Continuo morando neste país governado lá no puteiro por pestilentos seres intocáveis.
E a história do palhaço? Já ia me esquecendo. Pelo menos um deles, irá rir - e muito - da nossa cara.
Senão, vejamos:
Salário mensal = R$ 26.700,00
Ajuda de Custos = R$ 35.053,00
Auxílio Moradia = R$ 3.000,00
Auxílio Gabinete = R$ 60.000,00
Despesas Médicas Pessoal e Familiar = ILIMITADA E INTERNACIONAL (Livre escolha de médicos e clínicas)
Telefone Celular = SEM LIMITE DE CRÉDITOS
Verba indenizatória = R$ 15.000,00 (despesas de hospedagem, combustível e consultoria)
BÔNUS ANUAL = R$ 53.400,00
Passagens e Estadias = Primeira Classe ou Executiva
Reuniões no Exterior = Dois Congressos ou equivalente todo o ano (Todas as despesas pagas)
Aposentadoria = Total depois de 8 anos e com Pagamento Integral
Nível de Escolaridade = UM MISTÉRIO!
Claro que estou falando do Exmo. Sr. Deputado Federal Francisco Everardo Oliveira Silva, vulgo TIRIRICA. E claro que estou falando da ignorância ignóbil do povo brasileiro, que elege um ser destes com mais de um milhão de votos.
Mas não é objetivo deste post discutir o mérito da eleição. Até porque já colocaram ele lá e só a poderosa globo poderia tirá-lo de lá.
Fico imaginando uma pessoa que já riu da cara deste palhaço (literalmente) e agora descobre que o mesmo palhaço irá ganhar a nonada mensal de R$ 139.753,00, além daquelas despesinhas básicas como médicos, contas de telefone e outras citadas ali em cima.
Se levarmos em conta que a esmola dada pela "LULA DILMA", com o nome de salário mínimo (é MÍNIMO mesmo) é de R$ 545,00, chegamos à conclusão que o brasileiro COMUM terá que chorar durante 256 meses, para ganhar o que este cidadão ri em um mês de SERVIÇO. Isto contando apenas as remunerações MENSAIS. Se colocarmos aqui os valores extras e anuais, iremos querer comer a lona do circo.
Por fim, posso apenas imaginar que estou no centro de um circo, olhando em volta para uma platéia de TIRIRICAS, SARNEYS, MALUFS e tantos outros, enquanto ouço a voz de uma ESTELA gritando a plenos pulmões:
Senhoras e Senhores! No picadeiro, o palhaço chamado brasileiro!
E eles estão rindo sem parar da minha cara...

domingo, janeiro 16, 2011
Visita
Quanta raiva desperdiçada nas valas comuns
Marcas de passos na calçada
A chuva continua a cair, criando trilhas sinistras
O verme rasteja pela face de Gaia
Criando caminhos ilusórios para a criança perdida
Por onde caminhas, pequeno ser?
Quem te deixou aqui?
Tens os olhos marcados pelos anos que vens trilhando
Este Inferno de Dante
Trazes contigo a dor daqueles que te pisaram durante tua jornada
Levas contigo a dor daqueles que viram tua sombra passar
De qualquer forma, seja bem-vindo ser etéreo
Vamos aproveitar que o sol está queimando nossas retinas
E dar mais um passo rumo à densa noite
Caminharemos juntos rumo ao fim da clareira
Onde, sei, continuarás tua caminhada ao vazio
E eu retornarei ao ponto onde novamente te encontrarei
Neste eterno ciclo chamado CAOS
Marcas de passos na calçada
A chuva continua a cair, criando trilhas sinistras
O verme rasteja pela face de Gaia
Criando caminhos ilusórios para a criança perdida
Por onde caminhas, pequeno ser?
Quem te deixou aqui?
Tens os olhos marcados pelos anos que vens trilhando
Este Inferno de Dante
Trazes contigo a dor daqueles que te pisaram durante tua jornada
Levas contigo a dor daqueles que viram tua sombra passar
De qualquer forma, seja bem-vindo ser etéreo
Vamos aproveitar que o sol está queimando nossas retinas
E dar mais um passo rumo à densa noite
Caminharemos juntos rumo ao fim da clareira
Onde, sei, continuarás tua caminhada ao vazio
E eu retornarei ao ponto onde novamente te encontrarei
Neste eterno ciclo chamado CAOS

sexta-feira, janeiro 14, 2011
A praia
Apenas mais uma tormenta em meio ao oceano raivoso.
Tentáculos tentam arrancar os olhos daqueles que ousam olhar para a fera ensandecida.
Os dedos dormentes tentam inutilmente segurar o som borbulhante vindo da rosa que nasceu sobre a pedra. Nada a detém. Nem mesmo a fúria das ondas lacrimais que queimam os olhos já cegos.
A respiração pesada marca o compasso na areia. A sombra indica a direção. Está rachando! A rocha está rachando.... a rosa finalmente vai morrer.
Mas da rachadura surge um novo braço que se estica em direção ao abismo do céu. Inútil tentativa. Lá não é seu lugar.
Recua. Treme. Esmaga o que restou da rosa. Mais líquido vermelho.
Silêncio. Uma sombra se levanta trêmula como uma luz de vela. Ela está lá. Ela está rindo do desesperado. A rosa sobreviveu. Seus espinhos estão maiores.
Seus olhos são um mortífero convite para uma último abraço.
O coração desacelera... a vista fica turva... já não há mais nada... era apenas uma miragem.
Um filete de sangue vermelho escorre de um pequeno corte no braço.
Tentáculos tentam arrancar os olhos daqueles que ousam olhar para a fera ensandecida.
Os dedos dormentes tentam inutilmente segurar o som borbulhante vindo da rosa que nasceu sobre a pedra. Nada a detém. Nem mesmo a fúria das ondas lacrimais que queimam os olhos já cegos.
A respiração pesada marca o compasso na areia. A sombra indica a direção. Está rachando! A rocha está rachando.... a rosa finalmente vai morrer.
Mas da rachadura surge um novo braço que se estica em direção ao abismo do céu. Inútil tentativa. Lá não é seu lugar.
Recua. Treme. Esmaga o que restou da rosa. Mais líquido vermelho.
Silêncio. Uma sombra se levanta trêmula como uma luz de vela. Ela está lá. Ela está rindo do desesperado. A rosa sobreviveu. Seus espinhos estão maiores.
Seus olhos são um mortífero convite para uma último abraço.
O coração desacelera... a vista fica turva... já não há mais nada... era apenas uma miragem.
Um filete de sangue vermelho escorre de um pequeno corte no braço.

Apenas mais uma parede
Estranho, este silêncio em meio à balbúrdia... estranho e acolhedor.
Se fecho os olhos, vejo o caos na escuridão. Se tampo meus ouvidos, ouço os gritos dos que não conseguiram atravessar.
O cheiro inebriante das vozes atavessa minhas retinas, terminando em um soluço no fundo do nada.
Deep Forest... Deep Ocean... Deep Sadness... Escura.... Escuro... Agonizante...
De onde? Porque? Dedos que apontam. Mãos que recuam. Dentes expostos em uma carranca ameríndia. Globos vazios fitando o espelho. Esperando. Espreitando.
A raiva à tona. Transbordando. Sufocando. Afogando. Não restam mais nuvens sob os pés. O chão é duro.
E a queda será fatal.
Se fecho os olhos, vejo o caos na escuridão. Se tampo meus ouvidos, ouço os gritos dos que não conseguiram atravessar.
O cheiro inebriante das vozes atavessa minhas retinas, terminando em um soluço no fundo do nada.
Deep Forest... Deep Ocean... Deep Sadness... Escura.... Escuro... Agonizante...
De onde? Porque? Dedos que apontam. Mãos que recuam. Dentes expostos em uma carranca ameríndia. Globos vazios fitando o espelho. Esperando. Espreitando.
A raiva à tona. Transbordando. Sufocando. Afogando. Não restam mais nuvens sob os pés. O chão é duro.
E a queda será fatal.

terça-feira, dezembro 21, 2010
A Verdade?
Sinto que escrevo, ultimamente, com raiva. Mais do que antigamente. Tenho escrito coisas de modo frenético e sem pensar. Simplesmente vomito as palavras. Não busco nada nelas, nem tenho a intenção de atingir algo ou alguém. Como eu disse há um tempo atrás, simplesmente golpeio o papel. Ou o teclado...
Escrevo com raiva, porque o tempo é um vírus entranhado em nosso ser que vai nos matando segundo a segundo. Homens com muito ou nenhum QI já tentaram entender e até controlar o tempo. Mas foram destruídos, consumidos por ele. E morreram ou enlouqueceram sem encontrar respostas. Ou quem sabe, morreram ou enlouqueceram justamente por terem encontrado a resposta. E o que viram pode não ter sido nada agradável.
Mais uma frase do passado: “Fui ao futuro e hoje choro pelo que vi!”. Quem disse isto? Não importa.
Ontem a noite eu olhava o céu e pensava que, com certeza, tem alguma coisa “lá fora”. “ A verdade está lá fora?” Talvez. Que verdade? Somos merecedores desta verdade? Duvido! Somos uma raça desprezível aos olhos do universo, vergonhosa aos olhos daqueles que ousam ter a coragem de olhar para nós mesmos.
Escuros olhos nos espiam das trevas? A criança está com medo no berço? FODA-SE! É o que dizem os intelectuais. “Somos fortes e estamos protegidos pela redoma de nossa vasta ignorância.”
Berra o ser no escuro da dor! Geme o animal agonizante. Treme a criança indefesa no abraço da morte! Lamenta o Ser Criador!

Procura?
Ouvindo Peter Gabriel dizer que caminha pela ponte mantendo os olhos para baixo, fico pensando naqueles que teimam em dizer que devemos sempre olhar “em frente”. Por quê? Para que?
Meu pensamento neste momento simplesmente teima em vagar por frases sem sentido, palavras desconexas, talvez na esperança de encontrar algum sentido no ponto final da frase.
Lembro-me de um tempo (parece séculos) em que eu lutava para não escrever. Depois, veio o tempo da apatia, onde escrever ou não era a mesma coisa. Hoje, apesar de brigar com ela (a vontade de escrever) constantemente, sinto que fui vencido, e que simplesmente escrevo quando quero ou não quero. E não me importo mais se faz ou não sentido para os outros. Aliás, acho que nunca me importei.
Quanta coisa inútil passa pela nossa vida e insistimos em guardá-las no baú da nossa mísera existência. Um belo dia, resolvemos revirar o lixo e descobrimos que aquilo que procuramos não está mais lá... jogamos fora no lugar do verdadeiro entulho. Guardamos os dejetos de nossas vidas e jogamos (ou simplesmente perdemos) o que nos trouxe até aqui.
Ficamos com a sensação de que algo ficou para trás, que deixamos de fazer algo, embora não consigamos lembrar o que. E ficamos olhando para o espelho da nossa mente sem enxergar nada, com uma cara vazia e abobada. Quando nos viramos para seguir andando, temos nossa fronte embrutecida, dura, gasta. E damos mais um passo rumo ao desconhecido. Procurando...

quarta-feira, dezembro 15, 2010
Sufoco!
Quase vinte e sete meses depois, volto aqui para fazer não sei o que.... Confesso que eu mesmo achava que eu já estava morto... não sei... há dias venho pensando em "matar" realmente este blog... na verdade, só não o fiz há uns meses, pelo simples fato de que não lembrava da senha... e não o faço hoje porque estou me dando a desculpa de que estou sem tempo para tanto.
Enfim. Não sei o futuro disto aqui...
Quanto ao título, coloquei por três motivos: Estou sufocado pela ainda existência do Night Eyes, estou sufocado pela vontade férrea de escrever, de gritar, estou sufocado pela vontade suicida de acabar com este blog, mandar tudo para a PQP.
E, para não ser tão mal educado, agradeço aos que comentaram meus últimos devaneios e não tiveram sequer o agradecimento por terem lido algo que eu escrevi. Desculpem... Ou não....
Que coincidência eu lembrar da maldita senha às vésperas do natal... mas, não se preocupem aqueles que defendem esta data... não tecerei nenhum comentário sobre o assunto.
Pois bem, Night Eyes... você foi reaberto... talvez para ser sepultado definitivamente.
Até outro dia... ainda há um pouco de ar no limbo...
Enfim. Não sei o futuro disto aqui...
Quanto ao título, coloquei por três motivos: Estou sufocado pela ainda existência do Night Eyes, estou sufocado pela vontade férrea de escrever, de gritar, estou sufocado pela vontade suicida de acabar com este blog, mandar tudo para a PQP.
E, para não ser tão mal educado, agradeço aos que comentaram meus últimos devaneios e não tiveram sequer o agradecimento por terem lido algo que eu escrevi. Desculpem... Ou não....
Que coincidência eu lembrar da maldita senha às vésperas do natal... mas, não se preocupem aqueles que defendem esta data... não tecerei nenhum comentário sobre o assunto.
Pois bem, Night Eyes... você foi reaberto... talvez para ser sepultado definitivamente.
Até outro dia... ainda há um pouco de ar no limbo...
